sábado, 17 de julho de 2010

O elefante acorrentado


O elefante acorrentado



por Egle Infante Ceraso

Você já observou um elefante no circo? Durante o espetáculo, o enorme animal dá demonstrações descomunais de força. Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo. A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia arrancá-la do solo com facilidade e fugir. E por que o elefante não foge?
Perguntei a um adestrador e ele explicou que o animal não escapa porque é adestrado.
Fiz então a pergunta óbvia: então, por que o prendem? Não houve resposta!
Há alguns anos descobri que alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta: o elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno.
Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso. Naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar e, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele. O elefantinho tentava e nada...
Depois de algum tempo, tentando ainda por alguns dias livrar-se disso, já cansado, aceitou o seu destino: permanecer preso à estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.
Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita simplesmente que não pode soltar-se e jamais volta a colocar à prova sua força.
Isso muitas vezes ocorre conosco. Vivemos acreditando em um montão de coisas "que não podemos ter", "que não podemos ser", "que não vamos conseguir", simplesmente porque quando éramos crianças inexperientes, algo não deu certo ou ouvimos tantos "nãos" que "a corrente da estaca" ficou gravada na nossa memória com tanta força que aceitamos o "sempre foi assim".
De vez em quando sentimos as correntes e confirmamos o estigma: "não posso", "é muita terra para o meu caminhãozinho", "nunca poderei", "é muito grande pra mim".
A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras e não ter receio de arrebentar as correntes!

Fonte:http://www.rnews.com.br/textos.asp?codigo=23597

Um comentário:

  1. É verdade, sim,Saulo!
    Além de crianças, também na fase adulta, nas experiências já um tanto amaduecidas, imaginamos que todas as impossibilidades serão sempre impossíveis.

    Mas não se deve desanimar, pois "se Deus é por nós, quem será contra nós" e sem sombra de dúvida "somos mais que vencedoes" naquele que nos libertou da impossibilidade de por nós mesmos, receber vida eterna.

    Muito bom mesmo querido Saulo!

    Pr. Daniel

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